HISTÓRICO - RIOS - NASCENTES - CACHOEIRAS - GEOLOGIA - AGRICULTURA - TURISMO - ECOTURISMO - ANIMAIS EM EXTINÇÃO - FAUNA - FLORA - HISTÓRIA - CLIMA - MATAS - NATUREZA - PÁSSAROS - AVES - MONTANHAS - SERRAS - CAMPING - LAGOS - PASSEIOS - ECONOMIA -IBICOARA

 

Ibicoara Bahia Localização do município no estado

 

Caracterização do território

Área: 977km²

Densidade Demográfica: 16,23 hab./km²

População: 15.856hab (IBGE2007)

Altitude da cede: 1.027m

Ano de instalação: 1.962

Distância à Capital: 520km

Microrregião: Seabra

Mesorregião: Centro Sul Baiano

Território: Chapada Diamantina

 

A Chapada Diamantina

A região da Chapada Diamantina é composta por 33 município, abrangendo uma superfície de 41.994 k², engloba os município da região central da Bahia, com um perfil fisiográfico relativamente homogêneo e características históricas, econômicas, sociais e culturais semelhantes.

 

Ibicoara

A cidade de Ibicoara localiza-se, no Estado da Bahia, na Chapada Diamantina Meridional, região sudoeste da Bahia. Faz parte da mesorregião geográfica Centro Sul Baiano e pertence a microrregião geográfica de Seabra, com área de 977km². Embora sua origem não esteja diretamente vinculada às larvas auríferas ou diamantinas, teve a sua área historicamente ocupada a partir dos caminhos dos tropeiros, movimentando cargas, durante os mais diversos ciclos da economia regional.

Sob as coordenadas geográficas, Latitude 13° 24’S e longitude 41°  17’W, a Cidade de Ibicoara está situada a uma altitude de mais ou menos 1.070m acima do nível do mar. Sendo que, o ponto Maximo do município é de 1.610m e o mínimo é de 510m. Faz limites ao norte com Mucugê e Andaraí, ao sul com Barra da estiva, ao leste com Iramaia e ao oeste com Jusiape.

Está distante 520km da capital do estado e há 220km de vitória da Conquista. O acesso se faz através das BA-900, BA-142, e BR-242,

alem de estradas vicinais por municípios vizinhos.

 

 

Município

Distância

Condição estrada

1

Iramaia

74km

Não asfaltada

2

Barra da Estiva

43km

Asfaltada

3

Mucugê

81km

Asfaltada

4

Andaraí

153km

Asfaltada

5

Jusiape

72

Não asfaltada

 

Caracterização física

 

Relevo

Relevo pediplano central da Chapada Diamantina, encostas orientais da Chapada Diamantina e pediplano sertanejo.

O seu relevo é marcado pela Serra do Sincorá, que integrando grande parte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, encerra atributo ecológico, ambientais e cenário natural de grande beleza cênica.

 

Geologia 

Há ocorrência minerais de diatomita, sendo explorado regularmente, cristais de quartzo, ouro e diamante em forma de garmpo.

 

Solo

Apresenta de solo latosolo vermelho-amarelo álico dstrófico, solos litólicos distróficos, podzólico vermelho-amarelo eutrófico, podzólico vermelho Amarelo distrófico, vermelho-amarelo álico.

 

Clima

Apresenta tipo climático, seco e sub-úmido, e úmido a sub-úmido, com temperatura média anual de 19.5°C; máxima: 23.5°C; mínima: 14.9°C. Período chuvoso: Novembro a Janeiro e março a Julho. Pluviosidade anual (mm): 1179; máxima: 1868; mínima: 683. Risco de seca: Médio.

 

Hidrografia

Ibicoara pertence as bacias hidrográficas dos rios Paraguaçu e Contas. Na verdade o município é um divisor de águas entre as citadas bacias, pois o rio Paraguaçu tem sua trajetória rumo ao norte e o rio Sincorá tem sua trajetória rumo ao sul desaguando no rio de Contas no município de Barra da Estiva. Seus rios principais são, portanto o Paraguaçu, o Sincorá e o rio de Contas na extremidade oeste do município, há ocorrência de água subterrânea em abundância e de boa qualidade, com vários poços artesianos perfurados e em atividade, no total, existe 17 barragem, destas, 11 concentram-se na cede do município e 6 são particulares e estão situadas no distrito de cascavel. Resaltamos que o município de Ibicoara juntamente com: Piatã, Barra da Estiva, Iramaia e Mucugê se constituem na “caixa d’água da Bahia”, pois, só o Rio Paraguaçu abastece mais de 6 milhões de baianos.

 

Zoneamento das bacias.

A região da Chapada Diamantina é divisor de águas entre a bacia do São Francisco e as sub-bacias que verte diretamente para o litoral. Nesta situação encontram-se as sub-bacias do Paraguaçu e a sub bacia do Rio de Contas.

 

Caracterização da micro-bacia do Rio Santo Antonio

     No município de Ibicoara, mais precisamente na área do Parque, encontra-se no curso e nas margens do Rio Jibóia e seus córregos, a micro-bacia do Rio Santo Antonio, da bacia do Rio Paraguaçu.

São abundantes os recursos hídricos superficiais que drenam em nascentes, córregos e riachos em direção ao Rio Jibóia. Sitiando-se na escarpa oriental da Serra do Sincorá, de onde declividade abrupta se precipitam, multiplica-se as nascentes aflorando águas que correm subterrâneas por largas chapadas de altitudes maiores.

 

Caracterização das bacias hidrográficas dos rios Paraguaçu e Sincorá.

  A chapada Diamantina apresenta um grande números de nascentes, que contribuem para formar o Rio de Contas e Paraguaçu, cujas bacias estão inseridas integralmente no estado da Bahia, alem de formarem as bacias dos rios Paramirim, Salitre e Jacaré tributários da margem direita do Rio São Francisco. O Parque Nacional da Chapada Diamantina – ANCD está integralmente inserido na bacia do Paraguaçu, apresentando um número considerável de micro bacias em seus limites.

A bacia do Paraguaçu abrange aproximadamente 55.300km. suas nascentes estão localizadas no município de Barra da Estiva, nas coordenadas UTM 24L 0241731 e 8496919, a cerca de 1200m de altitude. Sua foz situa-se na bacia de Iguape, a qual está ligada a parte oeste da bacia de Todos os Santos. Esta bacia hidrográfica é dividido em alto, Médio e Baixo Paraguaçu. O Alto Paraguaçu, com cerca de 12.860km², estende-se por 22 municípios, dos quais 5 abrange o Parque Nacional da Chapada Diamantina – PNCD (Mucugê, Ibicoara, Andaraí, Palmeiras e Lençóis). Os principais afluentes do rio Paraguaçu, neste trecho, são o Rio Santo Antônio, o rio Utinga e o Rio Preto. O médio e o baixo Paraguaçu ocupam 42.457km², abrangendo 55 Municípios, dos quais apenas Itaetê tem parte de seu território englobado pelo Parque Nacional. Na região próxima ao PNCD, o principal afluente deste trecho da bacia do Paraguaçu é o Rio de Uma.

 

Características das Bacias Hidrográficas de Município de Ibicoara   

O município de Ibicoara é representado por duas bacias: Paraguaçu e Rio de Contas e seus afluentes e subafluentes.

Especificação das bacias: Em Ibicoara o Rio Paraguaçu corre do sul ao norte, Tenho como sub-bacias o Rio Riachão com afluentes próprios, desaguando no Paraguaçu na margem esquerda do Rio ao lado norte do muncípio e sub-bacia o Santo Antonio que nasce ao sudeste do município e deságua e deságua na sub-bacia do Rio Espalhado formado por afluentes próprios. Rio Mucugezinho, Riachão, Julião, Rio Jibóia e inúmeros córregos e riachos da região formando o Rio Espalhado que compõe o Parque Natural Municipal do Espalhado, desaguando nas cachoeiras do Buracãozinho, Cachoeira das Orquídeas, Cachoeiras do Recanto Verde e o Buracão, esta última é considerada uma das mas lindas do Brasil e é um dos melhores pontos turísticos da Chapada Diamantina.

O segundo encontra-se com o Rio Santo Antonio, formando o Rio Uma, afluente do Paraguaçu. Os: subafluente, formam inúmeros riachos e córregos que deságua nos rios afluentes do Paraguaçu.

Tem origem no município de Piatã a bacia do Rio de Contas, que faz divisa pelo lado oeste de Ibicoara, com os municípios de Jusiape e Abaíra, passando no sentido norte sul por Ibicoara. Formado por sub-bacias e afluentes, da origem a sub-bacias do Sincorá que nascem no centro do município de Ibicoara, desce ao sul e recebe o volume das águas dos Rios do Macaco, Rio Preto e inúmeros outros rios e riachos que deságuam no Sincorá.

 

Nascentes e Principais afluentes localizadas no município

O potencial hídrico de superfície representado pelos rios perenes: Utinga e seus afluentes, Baiano e das Lages ou cachoeirinha, Santo Antonio e o Baixo curso de seus formadores, Cocho e Preto, Paraguaçu desde próximo as cabeceiras, com seus tributários Riachão e Capãozinho; Rio de Contas; Água Suja e Sincorá.

Drenando quase todos cursos d’água da região da Chapada, os córregos rios e riachos destas sub-bacias, em seus caminhos, formam lagoas, caldeirões e principalmente cachoeiras: pequenas, grandes, altas e baixas. As cachoeiras estão presentes em todos os recantos da Chapada. As formações geológicas, em escarpas abruptas, grotões, falhas e fraturas, facilitam a conformação de caminhos tortuosos por onde as águas vão conformando um patrimônio hidrogeomorfológico de alta singularidade.

 

Monumentos naturais – cachoeiras,lagos naturais

O município de Ibicoara possuem uma diversidade de monumentos naturais, muitos ainda não catalogados e pouco divulgado. Na maioria das localidades da zona rural principalmente na área do Parque existem rios, cachoeiras,nascentes alem dos mananciais hídricos, tem também a vegetação e a riqueza da fauna. Sendo que o maior deles é a Serra do Sincorá que contorna toda cidade.

Dentre as muitas belezas naturais, destaca-se a cachoeira do Buracão, Cachoeira do Recanto Verde, cachoeira da Fumacinha, Cachoeira do Licuri, Cachoeira do Rio Preto, O rio Espalhado, os Canions, cachoeiras das Raízes, o Lago do Baixão, Cachoeira do Véu de Noiva e muito mais.

 

Vegetação

A região da Chapada Diamantina representa uma grande diversidade de ambientes, refletindo-se na composição de sua fauna, extremamente rica e complexa, com muitos endemismos (conceição 2003; Harley e Giulietti, 2004). O município de Ibicoara, particularmente, é uma região com um alto índice de diversidade, no entanto, a vegetação que mais se destaca se não em extensão, mas pelas características ímpares, são os campos rupestres, em afloramentos rochosos, com solos extremamente rasos, de rápida drenagem e infiltração, ao longo de ambas as margens do Rio Jibóia, enquanto que a medida que delas nos afastamos – a cerca de 50 metros de suas margens, ocorre uma transição para uma vegetação em ecótono, com características de serrado e caatinga.

Sua vegetação caracteriza-se por ser gramíneo-lenhosa, com floresta de galeria e cerrado, contato serrado-floresta estacional, refúgio ecológico, montanha, floresta semi-decidual Montana, caatinga arbórea densa com palmeiras, contato caatinga-floresta estacional, contato cerrado-caatinga.

 

A rigor, a comunidade vegetal da região não pertence a nenhum domínio fitogeográfico definido, sendo mais bem classificada como um mosaico de vegetação mista. A vegetação é constituída quase exclusivamente por espécies endêmicas pertencentes a gêneros cosmopolitas; Isso evidencia o isolamento remoto a que foi submetida bem como a evolução que sofreu no sentido de adapta-se para sobreviver nesse ambiente ecológico especial, onde a alta luminosidade, a variação diária da temperatura e a baixa capacidade de retenção de água tiveram influencia seletiva marcante.

 

Biomas Encontrados

Em Ibicoara a área especifica proposta para o Parque Natural Municipal do Espalhado é típica na transição entre caatinga, Cerrado com formações características de mata Atlântica, tanto em grotões, quanto em Vales, onde se encontra árvores altas, matas densa e espécies típicas de mata atlântica, enfatizando a presença, em uma área reduzida, de três importantes biomas brasileiros: Vale ressaltar que encontramos ainda campos de altitude nas encostas e pradarias da Serra do Sincorá.

Segue abaixo os seis grandes biomas que compõem o território brasileiro. Há quem fale em sete, com inserção de certos ambientes litorâneos. Há ainda que fale em oito, com a inclusão do território brasileiro na Antártida. Porém, aqui citamos apenas os oficiais:

 

Biomas Continentais Brasileiros

Área Aproximada (km²)

Área / Total Brasil

Bioma AMAZÕNIA

4.196.943

49,29%

Bioma CERRADO

2.036.448

23,92%

Bioma MATA ATLANTICA

1.110.182

13,04%

Bioma CAATINGA

844.453

9,92%

Bioma PAMPA

176.496

2,07%

Bioma PANTANAL

150.355

1,76%

Área Total do Brasil

8.514.877

 

 

 

 

 

Aspectos Históricos da Chapada Diamantina

 

Evolução histórica

Durante todo século XVIII, estabelece-se intenso fluxo migratório da própria Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo, com a fundação de vilas, expansão da atividade pastoril, criação de casas de fundição, etc., dinamizando a economia regional e intensificando laços inter-regionais. O ciclo do ouro durou quase um século.

Com o esgotamento do ouro de aluvião, encerra-se o ciclo do ouro, iniciando-se o ciclo do diamante.

O ciclo do diamante, em seu auge, foi farto e rico, mas rápido. Durou apenas u quatro de século, porem, o suficiente para redefinir a organização do espaço na Chapada Diamantina, forjar fortunas e poder, criando uma ‘’aristocracia dos coronéis”.

A concorrência internacional da áfrica do Sul foi a maior responsável pelo declínio da atividade mineradora da Chapada, a que se seguiu a decadência e a estagnação econômica de toda região. Seguiram-se ainda, adentrando pelo século XX, pequenos ciclos mineradores, de chumbo, quartzo, e pedras semipreciosas, mas sem grandes significado no que tange ao processo de ocupação e dinamização econômica e social.

A retração econômica acabou por jogar uma pequena produção de alimentos e produtos da agropecuária na decadência e subsistência. Algumas outras regiões mantiveram-se como exploradoras de algodão e café, em menor escala. A pecuária bovina expansiva ocupou o vale do Rio Paraguaçu e pequenos grotões férteis especializaram-se na cana-de-açúcar, alguns destes passando a produzir aguardentes, que ganharam fama na Bahia mesmo no exterior. Com a estagnação econômica veio o refluxo migratório, surgiram cidades fantasmas e consolidou-se uma população predominantemente rural, com indicadores sociais críticos, exclusão e indigência.

No decorrer dos anos 70, do século passado, com a construção das rodovias federais BR – 116 e principalmente, a BR-242, verificaram-se impactos portadores de mudanças regionais, que irradiaram para fora da Chapada Diamantina, em função da conexão coma região Oeste e o Planalto Central do País, possibilitando o escoamento da produção de grãos dos cerrados, e subsidiariamente, o desenvolvimento do turismo interno.

A atividade mineradora, basicamente de aluvião e mais tarde em jazidas localizadas, aliada a reduzida expressividade da agropecuária, assegurou, em certa medida, que até os dias atuais permanecessem grandes áreas intocadas, de conservação plena e de grande diversidade e endemismo, como o típico caso da serra úmida, que demonstra grande expressividade, no Espalhado, nas corredeiras do rio Jibóia, região cuja área mais próxima criou-se  o Parque Natural Municipal do Espalhado onde está localizado a cachoeira do Buracão.

A geomorfologia, com suas alturas, escarpas; grotões, vales e grutas; nascentes, rios, riachos, córregos, corredeiras e cachoeiras, abrem o espaço, hoje, para a imaginação esportivo-aventureira. Sítios históricos e arqueológicos. Folclore e cultura. Pinturas Rupestres e fosseis de megafauna. Lutas históricas, coronelismo, tradição e exuberância natural vieram se juntar as atuais tendências do culto místico e exotéricos da natureza, completando um quadro singular de inserção desta região no circuito turístico nacional.

 

Aspectos Históricos do Município de Ibicoara

 

Regionalização

Micro-Região Homogenia: (023) Seabra

Região de Planejamento: (005) Paraguaçu

Região Administrativa: (019) Brumado

Região Econômica: (012) Chapada Diamantina

 

Legislação Político/Administrativa

Lei de criação: Lei Estadual, n° 1740.

Data: 20/07/1962 – Diário Oficial: 26/07/1962

Lei Vigente: n° 1740

Município de Origem: Mucugê

Topônimo Anterior: São Bento

Limites: Barra da Estiva, Jussiape, Abaíra, Andaraí, Iramaia

Prefeito da época: Sr,  Adelviro Azevedo Costa

 

Tiponímia

Ibicoara, nome indígena que significa Barro Branco para uns e Cova Terra para outros, inicialmente Vila São Bento, em seguida povoado de Igaraçu, posteriormente Distrito Ibicoara até tornar-se município.

 

Origem

A cidade de Ibicoara que hoje abriga a cede municipal surgiu como rota de tropeiros que acessavam Poe esta via, com seus animais de carga levando mercadorias para vender nas cidades vizinhas, durante os mais diversos ciclos da economia regional.

Ao tropeiros ao chegar às margens dos rios pousavam para descansar e depois segui viagem, estimulando assim a criação de povoados, vilas e fazendas.

Inicialmente foi denominado de Vila São Bento pertencente ao município de Mucugê, em seguia, assumiu a condição de povoado, recebendo o nome de Igaraçu. Por volta de 1941 tornou-se distrito, tendo o nome mudado para Ibicoara, nome indígena.

Em 20 de Julho de 1962 ocorreu a emancipação política, sendo desmembrado do Município de Mucugê, através da lei Estadual 1.740/62.

Os primeiros moradores foram: Senhor Antero Aguiar, Militão Ribeiro Guimarães e Nenca. O primeiro prefeito foi o Sr Adelviro Azevedo Costa.

 

 

Distrito de Cascavel

O Distrito de Cascavel está localizado na Chapada Diamantina meridional, região centro sul da Bahia, com altitude de 1.130m, acima do nível do mar e 420 km². Limita-se ao norte e ao Oeste com Mucugê, ao sul com o povoado de Cerqueira, a Leste com o povoado de Lagoa Encantada. A distancia para a cede é de 24km pela estrada de chão e, 39km pelo asfalto, 510km para a capital do Estado e 226 km para Vitória da Conquista. O município mais próximo e de maior importância econômica é Barra da Estiva, a 45km.

A história de Cascavel tem início em 1888, quando o coronel Augusto Landulfo Medrado, que morava na fazenda Ibiquara mandou seus escravos efetuar um desmatamento, o qual não foi possível, pois cada moita que cortava aparecia uma cobra cascavel. No período de três dias de trabalho mataram 106 cascavéis. Não sendo possível continuar o desmatamento, os trabalhadores retornaram a Fazenda do Coronel, contou-lhe a história, o qual não acreditou e mandou um chefe para averiguar o qual constatou a veracidade da historia, justificando assim a denominação do Distrito.

O crescimento foi lento. Em 1894, era uma pequena vila com dezoito residência, uma farmácia, uma loja de tecidos e cinco vendas.

Nesta época Cascavel chegou a ser cotado para ser a capital da Bahia e até do Brasil, acreditava-se que o local era apropriado para a implantação, devido ao terreno plano. Após a avaliação dos topógrafos e dos engenheiros enviados para realizarem o estudo de viabilidade técnica,  estes constataram que quantidade de água era insuficiente para abastecer uma capital.

Cascavel possuíam um cartório o qual em 1962, com a emancipação política do Município de Ibicoara, lideranças políticas levaram o mesmo para a cede de Ibicoara no ano de 1963.

Em agosto de 1993, foi publicado no diário oficial o Decreto 77/90,que criou o Distrito de Cascavel-Ibicoara. Esse acontecimento permitiu a Cascavel ter uma quantidade maior de benefícios.

Atualmente Cascavel excede em número de habitantes a cede do Município, decorrente da continua migração de cidades do Estado da Bahia e demais Estados, este número aumenta ou diminui de acordo com a rotatividade da população, salientando que os “nativos” somavam apenas 400 habitantes nos anos 89/90.

O Distrito é um polo de desenvolvimento agrícola,carente de serviços básicos, em geral, o comercio está voltado essencialmente para alimentação e vestuário. De domingo ocorre uma intensa movimentação de trabalhadores, caminhões, carros, motos, ciclistas essa dinâmica competitiva faz com que a maioria dos moradores tenha um estilo de vida mas voltada para o trabalho em detrimento do lazer, postura muitas vezes reforçada por falta de opção de lazer.

Caracterização do Polo Agrícola de Cascavel

A primeira cultura agrícola a ser explorada comercialmente na região foi o café de sequeiro, o qual se caracterizou como de agricultura familiar. Depois vieram as olerícolas com a já expressiva produção e a fruticultura, especialmente as de clima temperado em menor escala.

A produção de hortifrutigranjeiros e o plantio de olerícola tiveram o inicio por volta de 1989/190 com a cultura da batata inglesa e hoje já são mas de 4,500há. Abrangendo mais de 10 espécies e gerando uma produção de ordem de 162.000 t/ano, sendo Cascavel o maior produtor de batata para consumo da região Norte e Nordeste do Brasil

A viabilização deste novo polo agrícola é resultado de um conjunto de fatores. Primeiramente o micro clima que proporciona temperaturas amenas durante todo o ano, sem o perigo das geadas que ocorrem no sul do país, outro grande diferencial competitivo da região é a possibilidade de se cultivar de janeiro a dezembro, numa região do semi-árido, topografia favorável, solos profundos e de boa drenagem e construção de barragem (Barragem do Apertado Mucugê-Cascavel) para fins de Irrigação.

Estas características permitiram a implantação do modelo de fazenda – empresa para uma produção com economia de escala, a localização geográfica considerada bastante positiva para o escoamento da produção e futuras exportações sob o aspecto logístico, outro ponto que merece destaque foi a construção da infra-estrutura básica de estradas, barragens de grandes porte e a eletrificação.

Reunidos todos fatores citados a cima criou-se as condições necessárias para a iniciativa privada investir e estudos revelam um grande potencial a ser explorados.

 

 

Capão da Volta

Origem

Há controvérsias sobre a origem do nome Capão da Volta. Senhora Cândida Mandú Aguiar que nasceu em Capão da Volta em 04/08/1922, e morou no lugar PR 22 anos, hoje reside em Cascavel, afrma: meus avós diziam que havia um capão de mato muito grandes e para chegar nas casas que havia no lugar na época, era preciso da uma volta nesse capão. Quando chegavam alguém que não conhecia a região e pedia informações de como chegar nas casas, as pessoas logo diziam – ‘tá vendo aquele capão? Ccê da a vorta nele e depois Ce avista as casas”. Fcou sendo um ponto de referencia do lugar e assim o lugar ficou como Capão da Volta.

A outra história da origem do nome Capão da Volta foi contada pelo senhor Ângelo Silva e ele afirma: “nos anos de 1925, uns tropeiros viajavam com suas tropas, e um desses tropeiros tinha um compadre nesse lugarejo,quando os tropeiros passavam o compadre o convidou para um almoço, lhe oferecendo assim um frango,o tropeiro lhe respondeu: Guarda o capão pra nos comer na Volta. Na volta os tropeiros não passaram no lugar. O tropeiros chateado contava a todo a sua decepção por ter guardado o Capão e os tropeiros não apareceram, tanto repetiu a história que todos já diziam lá vem ele contar a história do capão que não Fo comido na Volta” Ao se tentar contar a verdadeira história da origem do nome do lugar, todas as pessoas entrevistadas contavam uma das duas versões a cima.

Hoje a população de Capão das volta é mais ou menos 800 pessoas, e o padroeiros do lugar é São Miguel, as comunidades vizinhas são convidadas e durante nove dias acontece novenas. Capão da Volta está localizado a 3km da cede de Ibicoara, e sua população em grande parte trabalha na empresas Igarachi e Fazenda Progresso, Grandes produtores de batata da região.

Mundo Novo                                

Povoado situado a 20km da cede do município, concentra a maioria dos monumentos naturais, as localidades de Baixão fca na área do Parque Nacional da Chapada Diamantina, enquanto que Campo Redondo, Brejão e Canta Galo ficam em torno do Parque Natural Municipal do Espalhado. A economia local é movimentada pelo turismo, fabrico artesanal de cachaça, artesanato e agricultura familiar. Possui associações de produtores rurais. Há relato que o primeiro morador da região foi o senhor Antonio Machado. Nesta última década o povoado passou por algumas transformações: os moradores passou a ter em suas residências energia elétrica, canalização de água por gravidade e/ou caixa d’água, instalação de escola de primeira a oitava série, um posto de saúde da família e a abertura do PETI com instalações própria.

Demais áreas com expansão

Pau Ferrado

Inicialmente denominado de Mato Grande, passou a partir do ano de 1946 a ser conhecido como Pau Ferrado, senhor João Aguiar Luz, relata que “ num dia de domingo a tarde do ano de 1946, o Senhor Miguel Luz, primeiro morador do lugar, acendeu um fogo no chão, e ele anda menino com cerca de 12 anos, estava junto. O senhor Miguel Luz pegou o seu ferro de ferrar bois com as letras ML, e deixou esquentar. Quando o ferro ficou bem vermelho eles pegaram o ferro quente e ferraram uma árvore que fica na divisa de Miguel Luz e Pedro Santos, a partir desse dia todos que passavam pelo lugar diziam: olhem o pau-ferrado. E o nome pegou e todos passaram a chamar o lugar de Pau-Ferrado” Essa árvore ferrada encontra-se até hoje servindo de registro para a história. Na localidade a festividade religiosas. É comemorado no dia 29 de junho a festa do padroeiro do lugar, Santo Antonio, a comemoração é feita com missas, procissões, onde toda comunidade local se reúne para as festividades. O reisado também é tradição em Pau Ferrado. Povoado situado a 12km da cidade de Ibicoara, com solos férteis, e com grandes plantações de café. João Aguiar Luz foi o entrevistado, nasceu em 22 de junho de 1934, morou 56 anos em Pau Ferrado e hoje mora em Cascavel, ele se recorda com clareza desse momento histórico.

Água Fria

Francisco Gomes Jardim, nascido em 14 de outubro de 1923, na Fazenda Água Fria, “afirmou: meu pai Marciano Gomes Jardim que morou neste local desde o ano de 1901, me contou que muitos anos atrás a água do Rio Paraguaçu que passa dentro do lugar era muito fria, e que todas as pessoas que iam se banhar nele reclamava de suas águas frias. Quando alguém se dirigiam em direção ao rio e era questionado sobre o lugar que estava indo logo ouvia a resposta, vou para água fria. Isso se tornou popular e o nome foi adotado para o lugar”. Água Fria está localizada 2 km de Cascavel e 22km da cidade de Ibicoara.  Água Fria foi dividida em duas, o senhor Francisco reclama dessa divisão, “água Fria 1 foi o 1° lugar a chegar energia elétrica e quando os moradores iam requisitar dos governantes a energia para a outra parte do lugar eles diziam que havia iluminado a Águia Fria 1 e faltava Águia Fria 2. Isso pegou e até hoje os próprios moradores do lugar dizem água Fria 1 e 2”.

Encantada

O senhor Aleides Rocha Aguiar, nascido em 12 de maio de 1914, nos informou “que comprou essa Fazenda no ano de 1950 e que havia nela uma bela lagoa que ouvia galos cantando, vacas mungindo, havia uma lenda de que tinha uma cidade submersa na lagoa, todos diziam que a lagoa era encantada. Ele batizou o Lugar de Lagoa Encantada. Após isso pessoas compraram terras vizinhas e chamavam de Encantada, o nome era adotado por todos os compradores de terras vizinhas”. Em janeiro a população se reúne para fazer o reisado, festa popular do lugar e todas as pessoas dos lugares vizinhos comparecem para as festividades.

Cerqueira

João Cerqueira foi o fundador do lugar, o primeiro morador que construiu a primeira casa, em homenagem a ele adotaram o seu sobrenome, toda a localidade recebeu esse nome. Dona Olfindra, 56 anos que reside em Cerqueira afirma “que algumas pessoas querem mudar o nome, mas que ela acha isso injusto, afinal de contas foi o Sr. Cerqueira quem começou tudo, e que esse mundo não sabe valorizara as coisas do passado, e que enquanto ela estiver viva que ninguém muda o nome do lugar”. Cerqueira é localizado a 18km de Ibicoara.

Funis

Entrevistamos a senhora Rita Rocha, moradora a mais de 60 anos no lugar, que nos afirmou nunca ter visto de ninguém a origem do nome Funis. A entrevistada afirma que “seu pai José Silva Ledo, morava em Serra do Paraguaçu, e comprou três partes do lugar. Querendo mudar o nome do lugar para Boa Esperança, ma no cartório, onde trabalhava o Senhor Memeco, tabelião a muitos anos, não permitiu a mudança do nome, alegando já está com esse registro há muitos anos”. Funis está localizado a 15km da cidade de Ibicoara. Tem como economia o cultivo do café. Primeira casa construída em Funis, habitada por dona Rita Rocha Silva.

Rodovias Intermunicipais e Estaduais

O município de Ibicoara articula-se à malha viária do Estado da Bahia através da BA-900, BA-142 e da BR-242, além de estradas vicinais com os municípios vizinhos, distando cerca de 540km de Salvador.

Existe uma estrada vicinal que liga o município de Ibicoara ao município de Barra da Estiva, da cede até a localidade de Canjerana são 3km de asfalto (BA900), daí até a localidade de Rio Preto mais 17 de terra batida, prosseguindo 9 km de asfalto em percurso pela BA 142, totalizando 29 km.

Entretanto a estrada oficial que liga a cede municipal de Ibicoara a Barra da Estiva através da BA -900 com 17km em asfalto até o trevo de Capão da Volta e daí pela BA-142 são mais 24km até Barra da Estiva em Asfalto de boa qualidade. Por conseguinte do trevo de Capão da Volta até Mucugê pela BA-142 são 60km